É comum ouvir a expressão de que “o lixo é riqueza”. A cada dia, essa
afirmativa se confirma mais e mais. Hoje, já se sabe que muito daquilo que é
jogado fora, tem como ser reaproveitado, transformado ou reciclado. Até mesmo
os restos de comida são valorosos, pois podem ser processados e virarem adubo.
Para compreender melhor como as coisas acontecem em torno do lixo, é
necessário distinguir o lixo orgânico do inorgânico. O primeiro, também
denominado “lixo úmido”, consiste nos resíduos de origem vegetal ou animal
(comida em geral). É o lixo que gera mau cheiro, desenvolve bactérias e fungos,
atrai insetos.
Mas, se processado adequadamente, o lixo orgânico pode se
transformar em adubo natural, de ótima qualidade; muitos agricultores lançam
mão desse recurso. No caso de residência, existem as composteiras, que se
encaixam perfeitamente debaixo da pia e não exalam mau cheiro no ambiente. Elas
são encontradas no mercado em vários modelos, tamanhos e preços.
O lixo inorgânico, também identificado como “lixo seco”, se refere
aos materiais produzidos pelo homem, como plásticos, metais, alumínios e vidro.
A sociedade moderna produz um volume descomunal desse tipo de lixo, por dois
fatores preponderantes: o consumo excessivo e a cultura do descartável, em que
os produtos se tornam obsoletos rapidamente. No entanto, muito dos resíduos
encontrados nas lixeiras são passíveis de reciclagem ou mesmo de
reaproveitamento.
Quando descartado de forma inadequada no ambiente, o lixo inorgânico
traz prejuízos para toda a população e o planeta. Além do desperdício, os
materiais que caracterizam esse tipo de lixo demoram anos para se decompor
naturalmente. É o caso de embalagens plásticas, que podem chegar a até 500
anos, e do vidro, cujo tempo é indeterminado, podendo levar milhares de anos
para se decompor. Materiais eletrônicos, como pilhas e baterias, oferecem
perigo se descartados aleatoriamente.
Separação prolonga vida útil do lixo – Essas razões, fazem
com que a organização do lixo seja tão importante. A regra número um é separar
o lixo conforme suas características, se úmido, seco, de longa durabilidade ou
mesmo aquele possível de ser reciclado.
Há, também, uma questão social decorrente da organização do lixo. É o
fato dela desencadear o processo que permite a inclusão dos catadores de
materiais recicláveis. O lixo ainda é a única fonte de receita de muitas
famílias. Separá-lo corretamente é uma forma de ajudar os catadores no trabalho
da coleta.
De outro lado, deve-se considerar que a atuação do catador é essencial
para o sucesso da destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Por
meio do trabalho deles, inúmeros materiais que teriam os aterros sanitários
como destino são reaproveitados ou comercializados, e muitos voltam à cadeia
produtiva como matéria-prima na fabricação de novos produtos.
Regras básicas:
1. Separar o lixo
orgânico (úmido), do inorgânico (seco).
2. Ensacar o lixo de
modo que fique fácil identificá-lo entre o úmido e o seco.
3. Separar o vidro
dos demais resíduos; juntar jornais, papelão e embalagens no mesmo saco.
4. Dobrar as
embalagens para economizar sacos de lixo e espaço nas lixeiras.
5. Os materiais
possíveis de serem reaproveitados ou mesmo reciclados devem estar vazios e
limpos. É importante lembrar que lá na ponta da cadeia produtiva está uma
pessoa, o catador.
|
Fonte: E-cycle
Foto: Divulgação